“Senhores jurados, o cão permanece com seu dono na prosperidade e na pobreza, na saúde e na doença. Ele dormirá no chão frio, onde os ventos invernais sopram e a neve se lança impetuosamente.
Quando só ele estiver ao lado de seu dono, ele beijará a mão que não tem alimento a oferecer, ele lamberá as feridas e as dores que aparecem nos encontros com a violência do mundo. Ele guarda o sono de seu pobre dono como se fosse um príncipe.
Monumento em homenagem a George G. Vest, construído em 1958, em frente ao tribunal do Condado de Johnson, na cidade de Warrensburg, Missouri, Estados Unidos
Quando a riqueza desaparece e a reputação se despeça, ele é constante em seu amor como o Sol na sua jornada através do firmamento. Se a fortuna arrasta o dono para o exílio, o desamparo e o desabrigo, o cão fiel pede o privilégio maior de acompanhá-lo contra o perigo, para lutar contra seus inimigos.
E quando a última cena se apresenta, a morte o leva em seus braços e seu corpo é deixado na laje fria, não importa que todos os amigos sigam seu caminho: lá ao lado de sua sepultura se encontrará seu nobre cão, a cabeça entre as patas, os olhos tristes, mas em atenta observação, fé e confiança mesmo à morte.”
Este tributo foi apresentado ao júri pelo ex-senador americano George G. Vest (então advogado), que representou o proprietário de um cão morto a tiros, propositadamente, pelo seu vizinho. O fato ocorreu a mais de 50 anos na cidade de Warrensburg, Missouri, Estados Unidos. O senador ganhou o caso e hoje existe um monumento do cão na cidade e seu discurso está escrito na entrada do tribunal de justiça.
“O mais altruísta dos amigos que um homem pode ter neste mundo egoísta, aquele que nunca o abandona e nunca mostra ingratidão ou deslealdade é o cão”.