Nesta semana, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que a distribuição de tablets aos professores do ensino médio da rede pública pode ser uma alternativa para diminuir a evasão escolar.
Para Mercadante, a escola tem ficar mais interessante, não podendo ser refém de um quadro-negro do século 17. Ele também revelou que 320 mil professores já foram qualificados por meio de cursos de formação para utilizar o tablet.
Mas, no entanto, a pergunta que fica é: será que o tablet será capaz de contribuir neste sentido?
Penso que existem muitas outras formas de projetar ações – em âmbito nacional – para diminuir os índices de evasão. Por exemplo, valorizar a cultura na escola por meio de peças teatrais e musicais, criar competições envolvendo as mais diversas disciplinas e premiando os melhores alunos, são algumas ideias.
Fora isso, também existe o fator valorização profissional, ou seja, não adianta o governo oferecer tablets aos professores e esquecer-se de remunerá-los de acordo. Nossa realidade é bastante triste neste sentido. Muitos profissionais precisam trabalhar em duas ou três escolas para terem um salário justo no final do mês.
Por fim, cada escola deve fazer um levantamento no intuito de descobrir seu próprio índice de evasão, tentando identificar os alunos e descobrir os motivos pelos quais eles deixam de ir à escola.
Sempre apostei que para melhorar a educação brasileira, seria acabar com dois tunos de aula, piso salarial condisente ao professor com melhor desempenho e a permanencia do aluno na escola com professor especifífico para as disciplinas que os alunos sentem dificuldades.