O Senado aprovou um projeto de lei que aumenta para 960 horas a carga mínima nas escolas. Mas sem mexer nos 200 dias de aula. Atualmente o mínimo exigido durante o ano letivo são 800 horas de aula.
O argumento é que, hoje, o conteúdo passado para os alunos é insuficiente. Escolas públicas e particulares teriam que fazer adaptações. Em um colégio particular de Brasília, os estudantes do primeiro ao nono ano teriam pelo menos uma hora a mais de aula todos os dias.
Para o diretor Álvaro Moreira Domingues Júnior, esticar o horário não basta. “Mais importante do que uma quantidade da jornada de horas, de aumentar a quantidade de horas/aulas, realmente é a qualidade dessas horas trabalhadas”, argumenta.
Outro problema: há estados que teriam dificuldade para se adequar. O Rio Grande do Norte, por exemplo, já avisou que não poderia bancar sozinho o custo da mudança. “Como pensar em 960? Com as condições que temos não daria, faríamos algo que não é vantajoso. Qualitativamente não se ganha. Seria fazer mais do mesmo”, diz a secretária de educação Betânia Ramalho.
O projeto de lei ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados. Se for aprovado, as escolas terão dois anos para se adaptarem.
O professor Cleyton Gontijo, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, é a favor do projeto. Por outro lado, Roberto Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, acredita que deixar as crianças na escola por mais tempo não é suficiente. Veja os argumentos dos dois no vídeo.
Eu concordo plenamente com o comentário da colega Helem, e digo mais, eles deveriam era investir no salário dos professores. Aqui no Maranhão muitos professores da rede Estadual, a mais de três anos fizeram graduação e especialização, mesmo assim continuam recebendo R$ 600,00. Nunca foram promovidos, para sobreviverem, trabalham manhã, tarde e noite.
Podem aumentar a carga horária, mas a educação continuará do mesmo jeito. Porque enquanto eles que fazem e ditam as leis, não olharem os professores com outros olhos, reconhecendo-os e valorizando-os, a coisa não irá mudar. Eles precisam aumentar a carga horária são desses políticos que usufruem do bom e do melhor, quase não trabalham, e muitos ainda se dão o direito de roubar o dinheiro público.E o pior é que, quando são pegos, pagam fiança e não devolvem o que roubaram, e logo, logo, estão aí roubando de novo. Isso sim, é que precisa ser visto e varrido do nosso país: a corrupção.
Alegam que o conteúdo passado para os alunos é insuficiente, por isso estão pensando em aumentar a carga horária.Gostaria de saber, passeado em que pesquisa chegaram essa conclusão?? Porque no meu entender, o que está acontecendo atualmente , é que temos poucos alunos interessados em querer aprender, pais que mandam os filhos para escola, nem sempre pensando se eles estão aprendendo ou não, mas é um tempo que eles tem para se verem livres dos filhos e professores desanimados de tanto ver senadores, deputados, secretários, etc, criarem projetos que não levam em nada na melhoria da educação, há não ser mais desperdício do dinheiro publico como tem acontecido ultimamente. Acredito que antes de aumentar a carga horária como estão almejando, seria interessante que as prefeituras recebessem verbas para contratar professores que trabalhassem em contraturno com alunos que apresentam alguma dificuldade de aprendizagem.Porque com certeza o professor não faz milagre em quatro horas de aula tendo 25 ou 35 alunos, cada um com uma história de vida.Será que o médico consegue diagnosticar os problemas de 10 pacientes ao mesmo tempo??Ou aumentam a hora de atendimento deles??/
Muito bom seu comentário Hellen, costumo dizer que as professoras PEBI são heroínas, pois pegam salas com a 35 ou mais alunos e tem que se virar em mil para alfabetizar esses alunos, como você disse com uma história de vida diferentes.
Nós não temos nem funcionários nas escolas para garantir a carga horária atual!!!
Só não tem funcionários nas escolas públicas.