Municípios e Estados terão muito trabalho para cumprir a lei sancionada na semana passada que determina que toda a escola deve ter uma biblioteca. O maior desafio está nos estabelecimentos do ensino fundamental: será necessário construir 25 bibliotecas por dia até 2020, prazo limite para adequação à medida.
O diagnóstico é de um estudo realizado pelo movimento Todos pela Educação, com base em dados do Censo da Educação Básica de 2008. “Essa dificuldade é decorrente da falta de visão do Brasil sobre a importância da biblioteca. No mundo todo, as bibliotecas são doadas por mantenedores que têm uma alegria imensa de poder doar um acervo”, diz Luis Norberto, do Comitê Gestor do Todos pela Educação.
O déficit de bibliotecas no ensino fundamental é de 93 mil. Desse total, 89,7 mil são escolas públicas e 3,9 mil, estabelecimentos privados de ensino. Na educação infantil, apenas 30% dos colégios têm acervo e será necessário criar 21 bibliotecas por dia para cumprir o que determina a nova lei. A melhor situação é a do ensino médio, etapa em que o número de escolas sem biblioteca é de 3.471.
Norberto defende que, além da ação dos gestores, será necessário o envolvimento de toda a sociedade no desafio. “A lei é uma direção, mas ela não faz nada. Nós, sociedade, é que devemos fazê-la funcionar. A tarefa não é só dos gestores, imagine se cada empresário doasse um acervo para uma escola, em dois anos o problema estava resolvido”, diz.
Na comparação entre as redes de ensino, a situação é pior nos colégios municipais, que contam com menos bibliotecas do que as escolas estaduais. O estudo do Todos pela Educação chama a atenção para outro fator que pode dificultar o cumprimento da lei: faltarão profissionais qualificados para trabalhar nesses espaços.
A legislação estabelece que as bibliotecas devem ser administradas por especialistas da área – os bibliotecários. Mas, segundo levantamento da entidade, hoje há um total de 21,6 mil profissionais habilitados, enquanto o País conta com aproximadamente 200 mil escolas de educação básica.
Para Norberto, com a entrada obrigatória das crianças na educação infantil aos 4 anos, estabelecida por lei no ano passado, e a implantação das bibliotecas, os alunos vão aprender a ler mais cedo. “É uma mudança radical e positiva. Daqui a dez anos, as crianças vão estar alfabetizadas aos 8 anos, é um futuro muito melhor”, afirma.
Cassia Maria santana
Concordo com vc Severo.Sou Assessora Técnica do municipio de Antas e o que mais tenho discutido com a mantenedora é a postura dos Diretores e Coordenadores quanto a sua função e cumprimento das Diretrizes emanadas do MEC, do Conselho Municipal e da SMEC para melhorar a qualidade de nosso ensino.Mas…enquanto cargo de Diretor não for por Concurso ou eleição vai continuar do mesmo jeito.
Acho muito interessante e plausível ter bibliotecas nas escolas…porém muitas realmente tem……como professor conheço escolas que possuem grandes bibliotecas, outra vez……mas não há pessoa para atuar nelas. Neste caso vi direitores e coordenadores dizendo que ninguém pode usar esse espaço porque os alunos fazem muita bagunça!!!!!!!! Não consigo entender tamanho a ideia de uma diretora e companhia…….!!!!!!Mais uma vez não adianta QUANTIDADE o que mais vale é a QUALIDADE…..E É ISSO QUE O governo faz……eles acham que quantidade é tudo …e um povo sem noção acredita que assim tá bom……abço