Habilidade com eletrônicos faz com que as crianças esqueçam as atividades físicas

Se seu filho chega da escola, não dá bola para o computador e vai correndo para o quintal dar uma voltinha na bicicleta que ele ganhou no Natal passado, saiba que sua família faz parte de uma minoria. Pesquisa feita pela empresa AVG – especializada em sistemas de segurança para internet – com 2.200 mães de crianças de 2 a 5 anos em 10 países mostra que meninos e meninas pequenos têm mais facilidade com aparatos eletrônicos do que com atividades físicas e lúdicas como pedalar, nadar e amarrar os sapatos.

Apesar de a notícia soar assustadora para muitos pais, Marcelo Cunha Bueno – diretor pedagógico da escola Estilo de Aprender e colunista de CRESCER – acredita que a descoberta não é necessariamente negativa, desde que haja um equilíbrio entre o uso das ferramentas tecnológicas e de outras atividades. Ele lembra que a geração atual tem menos oportunidades de fazer atividades físicas em casa, com a família e os amigos. Assim, a escola tem um papel importante de incentivar outras atividades que exijam mais movimento da criança.

Mas como a tecnologia faz cada vez mais parte do cotidiano, é bom mesmo que o seu filho esteja familiarizado com computadores, smartphones e internet e aprenda a usá-los com segurança. As crianças convivem com essas ferramentas desde o nascimento e, se souberem fazer bom uso delas, só terão a ganhar no futuro. E, claro, deixar os games de lado para brincar com os amigos também faz um bem danado.

Veja as principais conclusões do relatório:

– 58% das crianças na faixa etária pesquisada sabem utilizar jogos de computador. Entre os menorzinhos, de 2 a 3 anos, 44% diverte-se com os games;

– 19% brinca com aplicativos de smartphones e 25% já navega na internet. No entanto, só 9% sabe amarrar os sapatos e 20% aprendeu a nadar;

– Mães com mais de 35 anos têm mais facilidade para ensinar habilidades não-tecnológicas aos filhos: 40% das crianças com mães acima dessa idade já sabem escrever o próprio nome, enquanto 35% dos filhos de mães mais jovens conseguem fazer o mesmo.

[ + ] Revista Crescer

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