Janeiro é mês de pagar impostos como IPTU, IPVA, as contas que sobraram do fim do ano passado… e de material escolar. Isso porque muitas escolas começam o ano letivo no início de fevereiro.
São muitos gastos ao mesmo tempo, mas é possível pechinchar e encontrar alternativas para gastar menos com o material.
A primeira coisa a fazer é dar uma olhada na mochila do ano passado. Lápis, borracha, caneta, estojo e a própria mochila podem ser utilizados novamente. Convencer as crianças disso não é tarefa fácil, mas o bolso da família agradece.
O Procon-SP vai no óbvio. “É preciso fazer pesquisa de preço”, diz a assistente de direção da entidade, Valéria Cunha.
E como fazer isso numa cidade grande, como São Paulo, Rio de Janeiro ou Porto Alegre? Os pais podem começar dando uma olhada nos sites das livrarias e papelarias.
É importante verificar também, diz Cunha, se toda a lista será usada logo de cara pelo aluno. Se um ou outro item será utilizado apenas no segundo trimestre, o gasto pode ser postergado.
Vale também reaproveitar livros que outros alunos já usaram. Neste caso, se os pais não conhecem outras crianças mais velhas, é bom ir até a diretoria e pedir para que a escola indique alguém.
Se for preciso comprar os livros, o ideal é os pais se unirem para comprar livros e cadernos em grandes quantidades. Vale tentar na própria editora, vale ir até um atacadista.
Para evitar confusão, os pais devem eleger um responsável pelo grupo, que recolhe o dinheiro e vai até a livraria. “Pode até haver uma negociação, e o grupo decidir que o pai que for até lá não precise pagar pelo livro”, afirma Valéria Cunha, do Procon-SP.
Ela diz ainda que os pais não devem levar as crianças na livraria ou na papelaria. “As crianças preferem, por exemplo, os cadernos com personagens licenciados, que normalmente são os mais caros”, afirma Cunha.
Agora, de nada adianta comprar um conjunto de lápis de cor barato e de péssima qualidade. “Tem régua que vem com os números apagados porque a impressão é ruim”, afirma.
A escola, por sua vez, não pode exigir que os pais comprem produtos dessa ou daquela marca. Nem obrigar os pais a irem em uma determinada papelaria.
A advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Mariana Ferraz, afirma ainda que a escola só pode cobrar uma taxa de material se ela produzir aquele item, como apostilas.
Outro detalhe importante: “A escola não pode incluir na lista produtos que todas as crianças vão usar, como os de higiene”, afirma Ferraz.