Apesar de o Brasil ter avançado em muitos aspectos nos últimos anos, inegavelmente, muitas coisas ainda precisam ser melhoradas. Uma delas diz respeito às leis.
Vejam só o caso da estudante Verônica Verone, que em maio deste ano assassinou seu amante, o empresário Fábio Gabriel Rodrigues Barbosa, em um motel na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro. Apesar de, na época, Verônica ter alegado legítima defesa, a perícia comprovou que Fábio estava desacordado quando foi morto e também que ele ingerira bebida alcoólica com remédios para dormir.
Na noite de ontem, ela foi julgada e condenada a 15 anos de prisão. Para a família de Fábio, foi pouco, eles esperavam a pena “máxima”, ou seja, 30 anos.
Acontece que, além da pena não ter chego ao que a família da vítima desejava, ela, Verônica, por ser ré primária, terá o benefício (não há palavra que defina melhor) de se ver livre da cadeia após cumprir um terço da pena, trata-se da progressão de regime de prisão.
Quer exemplo melhor, vide o caso Daniella Perez:
Guilherme de Pádua, ex-ator, que auxiliado pela então esposa Paula Thomaz, matou a atriz Daniella Perez em 1992, saiu da cadeia depois de cumprir apenas seis dos 18 anos a que foi condenado.
Preso em dezembro de 1992, foi julgado e condenado em 1997. Cumpriu um terço da pena e conseguiu a progressão para o regime semiaberto, em que o indivíduo passa apenas as noites atrás das grades. Pouco depois, alegando ter um filho menor de doze anos, conseguiu o indulto, e teve o assassinato retirado de sua ficha criminal. O mesmo aconteceu com Paula Thomaz. Um absurdo!!!
Mas, voltando para o caso da estudante Verônica, acredito piamente que uma das fotos tiradas durante o julgamento, cujo qual ela aparece fazendo gestos de forma irônica, seja o retrato fiel das leis arcaicas que regem o nosso país.
Tirem suas conclusões!!!