Forte trabalho em equipe, otimização do tempo na escola, autonomia na gestão e foco em objetivos específicos. Essas são características comuns encontradas em 35 colégios públicos de ensino médio considerados bons exemplos na qualidade do ensino.
Os resultados preliminares de uma pesquisa que está sendo realizada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre as melhores práticas no ensino médio foram apresentadas na última terça-feira (22) em um seminário em Brasília.
Para a seleção das escolas foram levados em consideração dois critérios: baixos índices de evasão e bons níveis de aprendizagem. As unidades são de quatro estados: cinco delas no Acre, dez no Paraná, dez em São Paulo e dez no Ceará.
“Não necessariamente são as escolas com os melhores resultados em avaliações, mas aquelas que tem maior impacto sobre a formação do aluno”, explicou Amaury Gremaud, coordenador nacional da pesquisa, destacando que os nomes das instituições ainda não podem ser divulgados.
Continuação dos Estudos
O pesquisador destaca que nas escolas analisadas os professores tinham grandes expectativas a respeito do futuro de seus alunos. Cerca de 60% dos docentes e coordenadores acreditavam que mais de 70% dos jovens iriam continuar estudando após a conclusão do ensino médio. Segundo Gremaud, esse percentual é bem maior do que os verificados em outras pesquisas.
Por outro lado, os alunos também confiam muito em seus professores: 95% avalia os docentes como ótimos ou bons. “É um elevado grau de confiança”, destaca Gremaud. Os jovens declararam durante a entrevista que a escola era “muito difícil” e exigia dedicação. Eles valorizavam o ensino oferecido e diziam gostar do local onde estudavam.
Entre os colégios pesquisados, a maioria tinha muita clareza sobre quais eram “seus objetivos” e para atingi-los contavam com um planejamento compartilhado entre coordenadores, professores, funcionários e alunos. O forte trabalho em equipe, com oportunidade de diálogo e trocas profissionais, foi outro ponto em comum verificado pela pesquisa. Outro destaque é a autonomia: apesar de estarem inseridas dentro de redes estaduais de ensino, as escolas tinham projetos pedagógicos próprios adaptando programas e diretrizes às demandas da realidade local.
A forma como as políticas públicas se articulam dentro da escola também tem impacto na aprendizagem e no sucesso dos alunos. Gremaud destacou a necessidade de haver coerência entre a organização curricular, as avaliações, o material pedagógico e a formação do professor. “Quando essas coisas não conversam entre si, as escolas apontam isso como uma dificuldade. Mas, quando se articulam, o resultado é extremamente positivo”, explicou.
A pesquisa completa está sendo finalizada e deve ser lançada em novembro. O estudo foi encomendado ao BID pelo Ministério da Educação.
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MERI