O Ministério da Saúde e as indústrias de alimentas assinaram um importante acordo nesta semana: reduzir 25 mil toneladas de sódio da mesa do brasileiro até 2020.
A iniciativa faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que incluem a hipertensão.
Este já é o terceiro acordo feito neste sentido, e visa reduzir o sódio de caldos, temperos, pastas, arroz, margarina vegetal e cereais matinais. Nos dois acordos anteriores, as indústrias de alimentos concordaram em reduzir o sódio dos macarrões instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita e palha, biscoitos e maionese.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os dois primeiros acordos tinham por objetivo atingir o público infantil e adolescente, enquanto este terceiro foca nos trabalhadores e grande população de brasileiros.
População brasileira consome o dobro do limite de sal
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o brasileiro consome 12 gramas diários de sódio, índice que ultrapassa o dobro limite máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Com os acordos, o ministério espera reduzir o consumo de sódio para 5 gramas por pessoas (índice sugerido pela OMS), além de crer que podem diminuir para 15% os óbitos por acidentes vasculares e em 10% as mortes por infarto. Além disso, 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.