Bebês que nascem prematuramente não apenas têm que lutar pela vida, mas também contra a estatística: há registro de apenas 138 crianças que nasceram abaixo de 400 gramas e conseguiram sobreviver.
Para a família da pequena Carolina Terzis, de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que nasceu com apenas 360 gramas e 27 cm, receber alta do hospital onde ficou mais de 5 meses lutando contra sérias complicações, foi como nascer de novo.
“A Carolina tem duas datas de nascimento, no dia 16 de novembro, em que ela nasceu, e hoje (2 de maio) que ela está saindo do hospital. Ela mostrou que é persistente, que é uma lutadora”, disse a mãe, Alexandra Terzis.
Alexandra teve um parto de risco, após exames clínicos diagnosticarem pré-eclâmpsia – um quadro grave que ocorre geralmente no fim da gravidez e é caracterizado por convulsões associadas à hipertensão arterial.
Durante os 5 meses que ficou internada, a pequena Carolina recebeu ajuda de aparelhos para respirar, nutrição por sonda e via venosa, e muita atenção de toda equipe médica envolvida, além da família, que sempre acreditou na sua recuperação.
Como adiantado, casos de bebês prematuros que nasceram abaixo de 400 gramas e sobreviveram são raríssimos na medicina. Pelo menos é o que explica o chefe do Centro de Terapia Intensiva (CTI) Pediátrico e Neonatal do Hospital Vila da Serra, Marcus Jannuzzi.
“Casos de crianças que nascem com menos de 400 gramas e que sobrevivem é uma exceção, uma raridade. Estas crianças podem ter lesões cerebrais, problemas no canal arterial, infecções e problemas na retina. No mundo, há registros de 138 crianças que nasceram abaixo de 400 gramas”, falou Jannuzzi.
Carolina venceu!